Maculelê é um misto de dança e luta, de origem afro-indígena, na qual os particiantes utilizam bastões de madeira para lançar e se proteger de golpes. Acredita-se ter evoluído do cucumbi (antigo folguedo de negros), e é geralmente associada à capoeira. Pode-se dançar com facões em lugar de bastões, o que dá um bonito efeito visual pelas faíscas que saem após cada golpe. Geralmente o Maculelê é exibido na festa de Nossa Senhora da Purificação, na cidade de Santo Amaro, Bahia.
Danilo Dias e Daniel Cerchiari dançando Maculelê
As apresentações são realizadas geralmente com as rodas de capoeira de Salvador e Região Metropolitana. As imagens exibidas na matéria são do grupo Brilha-aê, de Lauro de Freitas; um vídeo é a apresentação de uma turma de jovens e adulto da Estrada do Coco e do grupo mirim da Lagoa dos Patos. No Centro Cultural de Lauro de Freitas, em Portão, também se apresentam vários grupos encenando o Maculelê
Existem duas lendas mais disseminadas sobre a origem. Uma diz respeito a 22 homens, idosos e doentios que ficaram em uma aldeia enquanto os jovens foram caçar, quando aconteceu uma invasão e eles, desarmados, utilizaram paus para se defender e afugentaram os inimigos. A outra é de um negro fugido, de nome Maculelê, com doença de pele, acolhido por uma tribo indígena, que defendeu-a sozinho, apenas utilizando as madeiras e saiu vitorioso.
Instrumentos:
São 3 os atabaques usados no Maculêle, com as seguintes denominações e funções:
- o Rum: é o atabaque maior com som grave;
- o Rumpi: é o atabaque de tamanho médio com som "médio";
- o Lê: é o atabaque pequeno com sm mais agudo.
Músicas de Maculelê
CABANA DE GUERREIRO
Mestre Suassuna/Grupo Cordão de Ouro
Certo dia na cabana um guerreiro
Certo dia na cabana um guerreiro
Foi atacado por uma tribo pra valer
Pegou dois pau
Saiu de salto mortal
E gritou pula menino
Que eu sou Maculelê
Pula lá que eu pulo cá
Que eu sou Maculelê
Pula lá que eu quero ver
Que eu sou Maculelê
Pula eu pula você
Que eu sou Maculelê
(por Nayara Lobo)
Slide Show - Flávia Santos
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